E porque o prometido é devido aqui fica a história que fiquei de contar.
Eu trabalho em atendimento ao publico.
Setembro de 2006
Depois de ajudar uma senhora a escolher determinado artigo ela disse:
-"Não vai acreditar, pode parecer estranho, mas vou oferecer-lhe uma viagem".
Eu olhei para ela com um ar assustado sem saber muito bem como reagir, o que dizer. Ela continuo:
-"Trabalho no parlamento europeu e tenho uma serie de viagem a Bruxelas que dou a familiares, amigos e pessoas que vou encontrado e que acho que merecem. A ideia é divulgar a importância do parlamento europeu. A menina foi muito simpática e atenciosa por isso vou oferecer-lhe uma das viagens".
Continuei calada, pensei uma serie de coisas naquele momento:
"Ya ya uma viagem, deve ser verdade", "Pronto já caí numa rede qualquer, vou ser raptada", "será que a ela está a falar a sério?", "o que é que lhe digo?"
Ela continuo:
-"É para duas pessoas e normalmente é num fim de semana em que haja um feriado para ser 3 dias. Já houve agora um grupo a ir, por isso só daqui a uns meses é que haverá outra saída."
Fiquei com um numero de telefone internacional para o qual deveria ligar e dizer que a Sr. X me ofereceu uma viagem a Bruxelas. Coisa estranha.
Continuei com muitas duvidas:
"Ligo, não ligo. O que poderá acontecer? E se há alguma maldade por trás disto? Quem é que oferece assim uma viagem a alguém que não conhece? Só por ser simpática? Estava a fazer o meu trabalho."
Liguei, a medo mas liguei. Não resisti. Eu amo viajar, tinha que tentar. Atendeu uma voz feminina e em português. Pediu-me o contacto e que depois ligava quando soubesse quando ia ser a viagem.
Continuava a achar tudo muito estranho.
Os meses foram passando mas eu nunca me esqueci da tal viagem.
Em Março de 2007 (6 meses depois) liga a tal voz feminina que era a assistente da Sr.X. Disse que a viagem era dia 5,6 e 7 de Maio. E pediu-me o nº dos bilhetes de identidade, meu e do Mi, e o email para mais tarde enviar os bilhetes electrónicos.
Tenho a certeza que se fosse para ir sozinha não iria. Assim sentia-me mais segura.
Chegou a Maio e lá fomos para Bruxelas. Havia uma condição, no 2º dia à tarde, tínhamos que ir visitar o Parlamento Europeu (e nós preocupados). O resto era livre.
Foram 3 dias muito bem aproveitados (a ida foi dia 5 de manhã e o regresso só dia 7 à tarde). Vasculhamos Bruxelas de uma ponta a outra. O tempo estava bom. Adorei. Adorámos.
A aterragem de regresso a Portugal foi a pior de todas a vezes que viajei. (Tudo começou com medo e tinha que acabar com medo).
Nunca irei esquecer este episódio.
Depois disto, Domingo vou ter mesmo que ir votar. Não ficaria de consciência tranquila. Vocês também deviam ir.
